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Decoy, de biotecnologia para controle de pragas, recebe aporte de R$ 9 mi

Rodada foi liderada pelo fundo de venture capital SP Ventures e contou com a participação do fundo de corporate venture da Farmabase, empresa farmacêutica que atua no ramo de saúde animal

Startup atua com o conceito de controle biológico: a utilização de predadores naturais para o controle de pragas, dispensando o uso de agrotóxicos (Pilar Olivares/Reuters)

Startup atua com o conceito de controle biológico: a utilização de predadores naturais para o controle de pragas, dispensando o uso de agrotóxicos (Pilar Olivares/Reuters)

A Decoy Smart Control, startup que usa biotecnologia para criar soluções sustentáveis no controle de pragas para o mercado de saúde animal, anunciou hoje, 25, que recebeu um aporte de R$ 9 milhões. 

A rodada de investimentos foi liderada pelo fundo de venture capital SP Ventures e contou com a participação do fundo de corporate venture da Farmabase, empresa farmacêutica que atua no ramo de saúde animal. 

Com a quantia, um dos objetivos da Decoy é obter o registro comercial junto aos órgãos regulatórios do principal produto da companhia, o Decoy Bovinos, voltado para controle de carrapatos em criação de gado, que deve ser lançado em 2023. A partir disso, a meta da Decoy é expandir sua atuação por todo o Brasil, começando pelo Rio Grande do Sul. 

Fora isso, a quantia também será usada para pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, ampliando o portfólio da startup. O time da Decoy também deve dobrar de tamanho até 2024. 

“Para o ano que vem planejamos lançar dois novos produtos. Um é voltado para o controle de carrapatos e pulgas em cães e gatos e o outro está relacionado ao mercado de avicultura", diz Lucas Von Zuben, CEO e cofundador da Decoy. 

Fundada em 2014 pelos biólogos Von Zuben e Túlio Nunes e pelo economista Filipe Dal’Bó de Andrade, a Decoy utiliza biotecnologia para desenvolver produtos que auxiliam no combate e controle de pragas na agropecuária. 

A startup trabalha com o conceito de controle biológico que, basicamente, consiste no controle de pragas e insetos transmissores de doenças por meio de seus predadores naturais, dispensando o uso de agrotóxicos e outras substâncias químicas. Com sede em Ribeirão Preto (SP), em 2021, a empresa já havia faturado mais de R$ 2 milhões. 

Lucas von Zuben (cofundador e CEO), Túlio Nunes (cofundador e COO) e Tatiana Magalhães (sócia e head de produção). (Decoy)

O terreno para as soluções da startup é bastante fértil. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o setor agro chega a perder R$ 10 bilhões todos os anos como consequência de prejuízos causados pelas pestes, como carrapatos. 

“As pestes no campo causam prejuízos bilionários ao país e ao mundo inteiro, porém muitos produtores apostam em soluções que são ineficazes e apresentam diversos efeitos colaterais, como a intoxicação das pessoas", diz Von Zuben.

E o controle biológico vem crescendo no Brasil. Segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Embrapa), mais de 23 milhões de hectares no Brasil utilizaram o controle biológico no campo em 2019. De acordo com o órgão, a expectativa é que, até 2025, as empresas do setor devem faturar US$ 11 bilhões. 

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